segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Crítica da dor de cotovelo

Eu inicialmente não iria colocar esse texto no blog. Ele foi escrito há um ano atrás quando vi um texto muito mal escrito que foi levado a sério por uma espécie de concurso literário na internet. Eu mesma participei mas meu texto não foi publicado e eu mesma achava que minhas críticas eram fruto de dor de cotovelo. Hoje eu entendo. Foi dor de cotovelo e o texto é muito ruim mesmo então não podia deixar minha análise de lado (os comentários em vermelho são meus) :
Você conhece o cara. Você se apaixona pelo cara e transa com ele (não exatamente nessa ordem). Passa uns bons meses fazendo um sexo maravilhoso que te deixa linda e fresca como uma gazela (que droga de comparação é essa?). Mas, de repente, não mais que de repente (encheção de linguiça), ele sugere uma mudança no cardápio que você adora, afinal, arroz com feijão todos os dias enjoa, e que mal tem em dar uma passadinha no restaurante dos fundos de vez em quando?
A predileção masculina pelo sexo anal remonta a antiguidade, quando os homens se divertiam sexualmente entre si e as mulheres eram meros objetos de procriação. Ainda no âmbito histórico, Marquês de Sade dizia (tática Fuvest de boa redação: cite alguém com um nome bacana) que o sexo anal é que de fato era a relação sexual perfeita, considerando a anatomia humana (para facilitar o entendimento do raciocínio dele, uma aulinha rápida de geometria básica: sendo o pênis um órgão cilíndrico, ele se encaixaria melhor em um orifício circular, ao invés de um elíptico como o da vagina. Pois é…). Ao que tudo indica, a liberação feminina e a liberdade de pensamento foram inversamente proporcionais à aceitação da prática, que continua sendo tabu, tanto entre as mulheres que gostam e, sobretudo, entre as que não gostam (ou pensam não gostar) ("TODO MUNDO TEM QUE GOSTAR!!!!").
Entre aquelas mulheres que apreciam, o “prato” muitas vezes adquire o caráter de moeda de troca, e diz a lenda que não existe preço que pague por tal refeição, afinal, não se brinca com um homem faminto. Outras fazem o famoso “doce”, iguaria raríssima só degustada em ocasiões especiais. Ambas as práticas deixam o ato socialmente ainda mais vergonhoso, e justamente por isso, nega-se para não produzir provas contra si mesmo.
Na outra ponta estão aquelas mulheres, que tal qual uma criança que detesta quiabo sem nunca ter provado (e que, aliás, é muito gostoso) ("afinal, se eu gosto o resto do mundo tem que gostar também, porque eeeeeeeeuuuuuuuu sou o centro do mundo"), refutam o menu que poderia lhe trazer grandes sensações, digamos, (g)astronômicas (trocadilho cretino parte 2). Sabe-se que os homens não se adequam muito bem às dietas restritivas, e que na falta do alimento desejado, eles podem (e provavelmente vão) sair em busca dele ("e com razão né? sou uma mulher moderninha mas ainda acho que a mulher tem que fazer tudo  que o homem quer, caso contrário ele tem razão de te chifrar"), caçadores que são. Minha amiga não tem jeito: cedo ou tarde ele vai te enCUrralar (pode parar com esses trocadilhos, por favor) e você vai ter que decidir, como diria Djavan (citou DJAVAN no texto.), se dá ou não.
É evidente que ninguém precisa fazer o que não quer ou o que não gosta exclusivamente para agradar o outro (acabou de contradizer o que disse 7 vezes no parágrafo anterior). Mas, particularmente, acho que tudo na vida deve ser experimentado, para depois ser descartado. Acho um tremendo desperdício rejeitar o que não se conhece, e principalmente, se impedir de sentir novas sensações que podem te fazer um ser humano muito melhor. Sim, pois o sexo bem feito tem esse poder transformador: se você é feliz, você faz tudo a sua volta ser melhor, o universo agradece em dobro e você cresce. Se aplica aqui aquela velha máxima de Einstein (Marquês de Sade, Djavan e Einstein. Essa moça é pura cultura): “uma mente que se abre jamais voltará ao seu tamanho normal” (só pra deixar claro: isso se aplica a MENTE e não a certos lugares especiais do corpo humano, ok?).
Experimentou? Não gostou? Ao menos o descarte será feito com conhecimento de causa e não gratuitamente. Experimentou? Gostou? Tá vendo só? Nem doeu (ok, só um pouquinho) e você ainda aumentou o seu repertório para sempre oferecer e se beneficiar com o melhor do mundo CUlinário (hãn?! hãn?! entendeu o trocadilho?!). Deguste sem neuras.
 E a moça ainda me coloca no final: "libriana, 27 anos de puro questionamento". Seu signo realmente importa senhora questionadora? Me desculpa mas meu textinho piegas porém sincero vale bem mais que essa redação de vestibular aí.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Motivos para amar Simon and Garfunkel


Sound of Silence:



America:


Sem as músicas deles essas cenas não seriam tão legais.

Como lidar?

Situação comum há algumas semana atrás

Pessoa: Consigo escutar a música que você está ouvindo de onde estou.
Eu: (tonta) abaixo o volume contra a minha vontade para que a pessoa em questão possa ouvir os gritos histéricos da Carminha com mais clareza.

Ocorrido na semana passada

Pessoa: Consigo escutar a música que você está ouvindo de onde estou.
Eu: (...) E tá gostando?
Pessoa: (Provavelmente querendo me estrangular) Não.
Eu: Ah, que pena.
E deixo o Alice Cooper cantar no mesmo volume.

sábado, 14 de abril de 2012

Subam na árvore

           "Para uma seleção justa, todos terão que fazer o mesmo exame: por favor, subam na árvore"
É exatamente assim que vejo a educação. As dificuldades de alguns são ignoradas assim como as facilidades, para dar uma falsa impressão de igualdade.
Já terminei a escola há um tempo e achava que essa história de "vamos ignorar a individualidade e fingir que todo mundo é igual pra facilitar" já tinha acabado. Então entrei na faculdade e percebi que ainda tenho mais três anos e uns meses dessa porcaria pra aturar.
Nunca me dei bem na escola. Não no sentido de notas porque fiquei de recuperação poucas vezes, tirava notas altas em matérias como História e tinha um desempenho medíocre porém aceitável em matérias exatas. Meus problemas eram outros. Pra começar, os professores tem essa mania de pedir seminários. Os alunos extrovertidos perdem uns cinco minutos fazendo uma apresentação tosca no Power Point, vão pra frente da sala, apresentam, fazem umas piadinhas e tudo bem. Os alunos tímidos também perdem uns cinco minutos fazendo apresentação no Power Point, passam semanas se torturando ao se imaginar apresntando algo na frente de uma sala cheia, vão pra frente da sala e não apresentam direito, justamente por causa da timidez. É justo? Quem não é tímido não tem nem idéia do sofrimento que esses malditos seminários causam.
Depois temos os trabalhos em grupo. Eu sei que ninguém vive bem na solidão, que é impossível viver sozinho mas eu acho que tenho o direito de preferir fazer trabalhos sozinha. Não gosto de delegar funções, sempre tem alguém que não faz a sua parte direito e o pior: todos tem que se reunir fora do horário de aula pra fazer o trabalho. O que mais me deixava brava na época de escola era que nós passávamos sete horas lá dentro e depois ainda tínhamos que ficar um tempo a mais na escola para fazer trabalhos em grupo. Não me dou bem fazendo trabalhos em grupo, indo a essas reuniões e não tenho como mudar. Ao contrário do que uma professora me disse uma vez, existem sim profissões em que você não precisa trabalhar em grupo, pelo menos não diretamente.
Eu amo escrever e esperei até o último ano de colegial para que pudesse ter aulas de redação. Logo na primeira aula, a professora praticamente nos ensinou como escrever uma redação para vestibular. O erro não foi dela. Aulas de redação só existem porque a prova da FUVEST tem uma parte dedicada à redação. Se não tivesse, ninguém teria aulas de redação. Nessas aulas se ensina algo parecido com uma fórmula de física: problema relacionado ao tema + indignação + frases de alguém com um nome bacana = redação. Assim, se o tema da redação da FUVEST for "chuva", você fala dos alagamentos causados por chuvas, culpa o prefeito por não limpar os bueiros e enfia uma frase qualquer de Carl Jung no meio pra ficar legal. Pronto, sua redação de vestibular está feita! Acontece que ela não instigou seu escritor a pensar e sim a falar o que todo mundo já sabe.
Será que ninguém vê que esse método não está dando certo? Que ser tímido não é doença ou limitação e sim uma simples característica psicológica? Que muita gente rende mais trabalhando sozinho? Que ser ruim em química não quer dizer que você seja burro? Que uma pessoa que não sabe a fórmula de Bháscara de cor mas sabe pintar uma aquarela pode ser muito mais inteligente do que uma que sabe resolver equações de segundo grau com facilidade mas não sabe desenhar um quadrado? Que tentar colocar um monte de alunos no mesmo pacote é impossível?
Se alguém achar que estou sendo dramática, só digo uma coisa: eu adoraria ser professora. Pensei em ser professora de inglês ou de redação e acho que seria a carreira dos meus sonhos. Desisti ao me imaginar no lugar daquele nobre senhor da ilustração acima.


*A proposta do blog é falar sobre música e videoclipes. Continuará a ser assim, só queria aproveitar esse espaço pra desabafar sobre um assunto que sempre me incomodou e sempre incomodará até que algo seja feito.

domingo, 9 de outubro de 2011

Clipes: Contos de Fadas IV

        

Tá certo, esse clipe não tem muito de conto de fadas porém, sempre vi o início do clipe como um filme mudo do Pinóquio